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Escritor do mês de Março - Jorge Amado


JORGE AMADO (1912-2001)
Jorge Amado de Faria nasceu em 10 de Agosto de 1912 numa fazenda de cacau, a Fazenda Aricídia, em Ferradas, no sul do estado da Bahia.
Estudou em Ilhéus, Salvador e Rio e é licenciado em Direito. No entanto, Jorge Amado foi uma das maiores figuras da língua portuguesa e da literatura mundial, como romancista e cronista.
Começou muito cedo a sua vocação para a escrita e foi fortemente influenciado pelo movimento de artistas brasileiros que apostou numa forte identidade cultural. Outra forte influência é a sua experiência no nordeste do Brasil. Muitos dos seus romances são marcados por personagens que têm raízes nordestinas.
A escrita começou, primeiro como jornalista, depois, no final da década de 20, fez parte de vários grupos literários na Bahia. Um desses grupos, a "Academia dos Rebeldes", foi uma das primeiras manifestações de oposição ao Modernismo, no nordeste.
Já na década de 30, quando estava no Rio de Janeiro a tirar o curso de Direito e apenas com 19 anos Jorge Amado publicou «O País do Carnaval», que o tornou conhecido.
Seguiram-se «Cacau» (que esgotou e foi apreendido pela polícia) e «Suor», que projectaram ainda mais o seu nome como escritor.
Por alinhar com grupos de esquerda, os seus livros foram proibidos no Brasil, foi preso e teve de se exilar na Argentina onde escreveu a biografia do dirigente comunista Luís Carlos Prestes e escreveu «Terras do Sem Fim».
Regressou, por um ano, ao Brasil, onde foi deputado pelo Partido Comunista Brasileiro. O PCB foi proibido e a sua opção foi a Europa onde viveu durante alguns anos. Primeiro em França, depois em alguns países do «bloco de Leste». Em 1951 recebeu o Prémio Estaline. Em 1952 regressou ao Brasil, escreveu «Gabriela Cravo e Canela» e em 1959, foi eleito para a Academia Brasileira de Letras.
Jorge Amado recebeu mais de uma dezena de prémios, entre os quais, o Prémio Camões em 1994 e mais de uma dezena de títulos honoríficos.