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Livro que ladra não morde

Inserido no propósito do Plano Nacional de Leitura, "Livro que ladra não morde!", pretende ser, ao mesmo tempo um espectáculo educativo, formador, criativo, lúdico e divertido.

Para assistir a este espectaculo concebido e apresentado pelo grupo A Gaveta, levámos, em articulação com as docentes de Lingua Portuguesa Lucília Lisboa e Aldina Ramos, à Biblioteca Municipal Lídia Jorge das turmas do 6ºE e 8ºD no passado dia 27 de Setembro.

Autores como Luísa Ducla Soares, Álvaro Magalhães, Manuel António Pina, Sophia de Mello Breyner Andersen e/ou António Torrado são apresentados em forma de diálogo constante, interactivo, com alunos, professores e pais. Promovendo o livro como fonte inesgotável de conhecimento, beleza e prazer.


Tudo começa com uma simples mala de viagem. O que contém a mala? Uma peruca, um microfone, um par de óculos para a neve e livros. Muitos livros. Esses objectos mágicos que nos permitem viajar sem dar um passo em frente ou para trás.

A viagem acontece à medida que os livros vão sendo retirados da mala e lidos.
Lidos, cantados, dramatizados.
E à estranha pergunta feita a dada altura: Já ouviram algum livro ladrar?
A resposta final será surpreendente.

Neste regresso às aulas...



Damos as boas vindas aos nossos amigos com um poema de Silas Corrêa Leite


Sou cheia de cavidades, conteúdos, somas
Tábuas paralelas, segurando sonhos
Sou alta, larga, profunda – com glórias
Carrego das vidas, todas as histórias

Sou aquela que registra a própria civilização
Sou mais importante do que o pão
Sou forte, plena cortejada e vaidosa
Sou cheia de luz, em verso e prosa

Tenho brilho por ter romance de alguém
Sou altamente cultural também
Sou a que guarda os tesouros da terra
O Reino das palavras, na Paz e na guerra

Sou a que só se desfaz por acidente
Por incêndio - ou demente
Tenho páginas de rostos no meu Ser
Em belo acervo de aventura e prazer
Sou a que é certa por linhas certas
O mundo mágico dos Poetas
Sou a maravilhosa biblioteca
Reino da fantasia para mentes abertas.